Possibilidades em Pesquisa Gorda:

Estratégias de (Re)existências na Produção de Saberes Fora do Eixo

Authors

DOI:

https://doi.org/10.47965/fermen.16.1.3

Keywords:

corporalidades gordas, dissidência, epistemologias subalternas, estudos do corpo gordo, gordofobia, pesquisa gorda, saberes localizados

Abstract

Fatphobia is a structurally based prejudice. In the Brazilian scientific universe, our research is often undervalued in graduate programs, scientific journals or research groups. PESQUISA GORDA is a group of transdisciplinary studies of fat corporalities in Brazil, with the purpose of building knowledge about fat bodies, distancing itself and even revising biomedical knowledge that pathologizes and stigmatizes these bodies. With a strategy of inserting this debate in the academic universe, within an activist perspective, we propose localized, feminist and social transformation knowledge. They are dissident research carried out by divergent bodies, which carry out decolonial research in which affection, emotions and deterritorialization of bodies take place. In addition to a critical bibliographic analysis on decolonial knowledge, subaltern epistemologies and studies of the fat body, we present in this article how this group of fat people has been organizing since 2017, the interdisciplinary areas of research, their actions and the construction of new knowledge that militate for the violence to fat corporeities.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biographies

Maria Luisa Jimenez Jimenez, EICOS – UFRJ

filósofa pela UNESP e Universidad de Granada, Doutora em Estudos de Cultura Contemporânea – UFMT, pós doutoranda em Psicossociologia no EICOS – UFRJ

Felipe Luis Fachim, Universidade Paulista - UNIP

Doutor pelo programa de Educação: Psicologia da Educação da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, mesmo programa em que obteve o título de mestre (2017). Psicólogo (Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo - IP USP, 2017), com duas iniciações científicas fomentadas pela Reitoria USP e pela FAPESP, sobre famílias interraciais. Licenciado em arte-teatro no Instituto de Artes da UNESP (2012), com iniciação científica fomentada pela FAPESP de título: Psicodrama Pedagógico: fronteiras entre teatro, psicologia e educação.

Rosane da Silva Gomes, Coégio Pedro II

Doutora com Pós-doutorado pelo Programa Pós cultura da UFBA - Professora titular aposentada do Colégio Pedro II

Maria Thereza Chehab de Carvalho Melo, São Francisco - USP

graduanda na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo

Judson Bezerra de Andrade, UFRN

graduando em teatro na UFRN

Renata Ragazzo Carpanetti , UNICAMP

mestranda em  Educação pela FE/Unicamp - GEPEDISC. Professora em DEdIC/Unicamp

Caroline Roveda Pilger , UFRGS

pesquisa gorda e com o grupo de pesquisa Corporalidades da UFRGS

References

Abramowicz, A. (2011) A pesquisa com crianças em infâncias e a sociologia da infância. In: FINCO, D. & FARIA, A. L.

G. (Orgs.). Sociologia da infância no Brasil. Campinas, SP: Autores Associados. Coleção polêmicas do nosso

tempo. p. 17-35.

Akotirene, C. (2019). Interseccionalidade. São Paulo: Sueli Carneiro; Pólen.

Butler, J. (2019) Relatar a si mesmo. Crítica da violência ética. Belo Horizonte: Autêntica.

Collins, P. H. (2019) Pensamento feminista negro: o poder da autodefinição. In: Hollanda, H. B. de (org.). Pensamento

Feminista Brasileiro: Formação e contexto. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, p. 270 -310.

Corsaro, W. (2005). A entrada no campo, aceitação e natureza da participação nos estudos etnográficos com crianças

pequenas. In Educação e Sociedade. Campinas, vol. 26, n. 91 Maio/Ago, p. 443-464.

Crenshaw, K. (2002). Documento para o encontro de especialistas em aspectos da discriminação racial relativos ao gênero.

In Revista Estudos Feministas, v. 10, n. 1, p. 175.

Deleuze, Gilles e Guattari, Félix. (1995). Mil platôs - capitalismo e esquizofrenia, vol. 1 /Tradução de Aurélio Guerra

Neto e Célia Pinto Costa. 1 ed. Rio de janeiro: Ed. 34, (Coleção TRANS).

Deleuze, G. (2002). Espinosa: filosofia prática. São Paulo: Escuta.

D’souza, R. (2010). As prisões do conhecimento: pesquisa ativista e revolução na era da “globalização”. In: Santos, B. de

S.; Meneses, M. P. In Epistemologias do Sul (p. 145- 171). São Paulo: Cortez.

Fraser, N.; Jarggi, R. (2020). Capitalismo em debate: uma conversa na teoria crítica. São Paulo, Boitempo Editorial.

Freire, P. (2005). Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra.

Haraway, D. (2009). Saberes localizados: a questão da ciência para o feminismo e o privilégio da perspectiva parcial. In

Cadernos Pagu, Campinas, SP, n. 5, (p. 7–41). Disponível em: https://cutt.ly/ylTr8gm. Acesso em: 4 fev. 2021.

hoocks, B. (2007). Ensinando a transgredir: a educação como prática da liberdade. Tradução de Marcelo Brandão

Cipolla. – 2a Ed. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes. Jimenez-Jimenez, M. L. (2020). Filosofia GORDA.

Grande Festival de Epistemologias dissidentes.In Grupelho: Grupo de Estudos e Ações em Filosofia e Educação

da Faculdade de Educação da UFMG, 2020. Disponível em: EPISTEMOLOGIAS VISCERAIS - Festival de

Epistemologias Dissidentes . Acesso em: 20 dez.2021.

Jimenez-Jimenez, M. L.(2021). Gordofobia: Injustiça epistemológica sobre corpos gordos. In Revista Epistemologias do

Sul - UNILA, v. 4, n. 1, (p. 144-161), ano 2021b.

https://revistas.unila.edu.br/epistemologiasdosul/article/view/2643/2534

Jimenez-Jimenez, L. M. (2020). Lute como uma gorda: gordofobia, resistências e ativismos. Doutorado (Programa de Pós

Graduação em Estudos de Cultura Contemporânea – ECCO) - Faculdade de Comunicação e Artes da

Universidade Federal de Mato Grosso – UFMT. Cuiabá, MT, Brasil. Disponível em:

http://lutecomoumagorda.home.blog/tese-de-doutorado-lute- como-uma-gorda-gordofobias-resistencias-eativismos/

Jimenez-Jimenez, M. L.; Santos, C. R. (2021). Gordofobia na Escola: lute como uma gordinha. In: Oliveira, V. M.;

Figueira, A. L. de S.; Silva, Lion, M. F. In Corpo, corporeidade e diversidade na Educação. Uberlândia: Editora

Culturatrix, (p. 201-218). Disponivel em: https://www.culturatrix.com/corpo-corporiedade-e-diversidade-naeduca%C3%A7%C3%A3o

Kilomba, G. (2019). Memórias da plantação: episódios de racismo cotidiano. Rio de Janeiro: Cobogó.

Lorde, A. (2019). Não existe hierarquia de opressão. In: Hollanda, H. B. de (org.). Pensamento Feminista Brasileiro:

Formação e contexto. (p. 234-237). Rio de Janeiro: Bazar do Tempo.

Melo, M. T. C. de C.(2021). Corporalidade gorda e direitos humanos: o corpo enquanto novo paradigma do sujeito de

direito. In Anais do V Seminário Internacional Desfazendo Gênero. Campina Grande: Realize Editora.

Disponível em: <https://editorarealize.com.br/artigo/visualizar/79312>

Moreira, A. (2019). J. Racismo Recreativo. São Paulo: Sueli Carneiro; Pólen.

Paim, M. B. (2019). os Corpos Gordos precisam ser vividos. In Revista de Estudos Femininos [online].

https://www.scielo.br/j/ref/a/SqYqZ55nc7HNvFykcYrsTCd/?lang=pt.

Pesquisa Gorda. (2022). I Congresso da Pesquisa Gorda: ativismo, estudo e arte. Disponível em:

https://www.even3.com.br/congressopesquisagorda2022/Ribeiro, D. Lugar de fala. São Paulo: Sueli Carneiro;

Pólen, 2019.

Santos, B. de S.; Meneses, M. P. G.; Nunes, J. A. (2006). Conhecimento e transformação social: por uma ecologia de

saberes. In Hiléia: revista de direito ambiental da Amazônia, v. 4, n. 6, p. 9-103.

Santos, B. de S.; MeneseS, M. P. (2018). Epistemologias do sul. In: Epistemologias do Sul. 2010. Silva, F., P.; Baltar, P.;

Lourenço, B. Colonialidade do Saber, Dependência Epistêmica e os Limites do Conceito de Democracia na

América Latina. In Revista de Estudos e Pesquisas sobre as Américas. V.12 N.1, p.68 a 87.

Published

2022-12-21

How to Cite

Jimenez Jimenez, M. L., Luis Fachim, F., da Silva Gomes, R., Chehab de Carvalho Melo, M. T., Bezerra de Andrade, J., Ragazzo Carpanetti , R., & Roveda Pilger , C. (2022). Possibilidades em Pesquisa Gorda:: Estratégias de (Re)existências na Produção de Saberes Fora do Eixo. Revista Fermentario, 16(1), 23–41. https://doi.org/10.47965/fermen.16.1.3