Ba’asehé-Boo, Roça, Maniva, Urin A URINA TRANSFORMA AO SUOR PARA TRABALHO DA ROÇA
DOI:
https://doi.org/10.29112/ruae.v6i2.1286Resumo
O presente artigo apresenta duas narrativas de Yuki-masî e Ba’asehé-Boo. As narrativas são do Alto rio Tiquié, do povo Tuyuka, noroeste amazônico. Yuki-masî é gente da floresta, o criador da árvore-turi para tecer a cesta de turi para carregar manivas, mandiocas e frutas da floresta. Para pajé, as árvores são masâ/gente da floresta que tem uma estrutura social quanto pessoas humanas. Estas pessoas são perigosas que podem atacar para uma criança recém-nascida, para mãe de resguardo ao pós-parto e, a jovem de menarca, por esta razão, o pajé tem de proteger do corpo e da alma, isto quando for na roça. O pajé tem de oferecer a cuia do pó da coca, cigarro, uma cuia de caxiri e um bom assento e assim não se sentir estranheza, incômodo. Ba’asehé-Boo é o dono de maniva, o dono da alimentação para a humanidade. A roça era próprio corpo de Ba’asehé-Boo, o tolete é o corpo, ramas são palmas das mãos, os dedos dos pés são mandiocas e seus derivados. No começo da história, as roças eram limpas e assim viviam muitos felizes por um tempo, porém, houve quebra de conselho, pressa e curiosidade pelas esposas de Ba’asehé-Boo. Por este fato trágico, começou a surgir outros elementos não são comestíveis. A urina é elemento transformador, pois, regou novos elementos e novo modo de trabalho. Para mulheres do Tronco Linguístico Tukano Oriental tem de ter uma sinergia vegetal para ter o pão de índio transmutado para ser uma boa pessoa.
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