Bestiário Performativo: A Insólita Viagem pelo Direito de Ser um Monstro
DOI:
https://doi.org/10.47965/fermen.17.1.3Palavras-chave:
corpo, gênero, trans, cena artísticaResumo
O avanço das lutas por aquisição de direitos civis a pessoas LGBTQIA+ nos últimos cinquenta anos e a organização de um ativismo artístico por parte de pessoas trans têm propiciado a abertura de espaços de afirmação da diversidade e consequentemente, corroborado para a visibilidade desses sujeitos nos distintos setores da sociedade civil. Revisitando a noção de monstros postulada pelo pensador português José Gil em seu livro homônimo, o trabalho em questão tem como objetivo refletir sobre a presença de pessoas trans e dissidentes de gênero na cena artística contemporânea da América Latina e sua relevância na destituição estigmas e preconceitos instituídos a esses sujeitos. Ao recorrer ao bestiário, o artigo em questão fricciona as definições clássicas de monstro e convoca essas identidades a assumirem um protagonismo político na contemporaneidade.
Downloads
Referências
Butler, J. Problemas de gênero: Feminismo e subversão. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2010.
Colling, L. (2018). A emergência dos artivismos das dissidências sexuais e de gênero no Brasil da atualidade. Sala Preta, Volume 18 (1), 152-167.
Gil, J. (2006). Monstros. Lisboa: Relógio D'Água.
Kafka, F. (2002). O silêncio das sereias. Narrativas do espólio. Trad. Modesto Carone. São Paulo: Cia. das Letras.
Kiffer, A. (2016). Antonin Artaud. Rio de Janeiro: EdUERJ.
Leibold, V. E. (2015). La sirena decolonial: Lía La Novia Sirena y sus interrupciones afectivas. Extravío. Revista eletrônica, 8 (1), 148- 164. https://ojs.uv.es/index.php/extravio/article/view/4537/0.
Liu, D.S. (2016). O percurso histórico da cultura drag: uma análise da cena queer carioca. Pantheon. Repositório Institucional, 1, p. 94. https://pantheon.ufrj.br/handle/11422/4016
Louro, G. L. (2015). Um corpo estranho: ensaios sobre sexualidade e teoria queer. Belo Horizonte: Autêntica.
Perlongher, N. (2013). Prosa Plebeya. Buenos Aires: Excursiones.
Preciado, P. B. (2011). Multidões queer: notas para uma política dos “anormais”. Estudos Feministas, Revista eletrônica, 19 (1), 11- 20.https://periodicos.ufsc.br/index.php/ref/article/view/S0104-026X2011000100002
_______________. (2018). Testo Yonqui: sexo, drogas y biopolítica. Buenos Aires: Paidós.
_______________. (2018). Transfeminismo. Série Pandemia. São Paulo: N-1.
Soerensen, C. (2011). A carnavalização e o riso segundo Mikhail Bakhtin. Travessias, Volume 5, (1), 318- 330.