(Ainda) Precisamos falar sobre a ceva
os animais não humanos como trabalhadores no turismo do Pantanal
DOI:
https://doi.org/10.29112/ruae.v6i2.999Palavras-chave:
estudos animais, etnografia multiespécies, trabalho animal, Pantanal, animaisResumo
O presente artigo busca refletir sobre a questão dos animais não humanos silvestres enquanto trabalhadores no turismo de observação de vida livre a partir de etnografia multiespécies realizada no âmbito do Pantanal Norte-MT. Partindo de um contexto de revisão das relações entre espécies na sociedade contemporânea, discutimos a premissa de liberdade dos animais não humanos nas atividades turísticas e seus efeitos na construção de um imaginário de convivência harmônica entre animais humanos e não humanos, avançando pelo debate sobre as práticas nas quais o trabalho animal é legitimado e suas implicações entre os atores do turismo. Os dados foram analisados à luz de um referencial teórico interdisciplinar que marca os estudos animais e os resultados apontam que o turismo oferece uma rede de proteção relativa aos animais não humanos que é condicionada à expressão de comportamentos de submissão e as vulnerabilidades que tal trabalho proporciona são, geralmente, relativizadas.
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